Texto do historiador Manuel Hern ndez Gonz lez. Professor de História da América. Universidade de La Laguna. O festival de Corpus Christi é o mais antigo de La Laguna. Nasci em 1496 (*) quando ainda estava em um campo militar. Transformado em uma festa por excelência da Igreja (*) e como símbolo de sua vitória contra a heresia, mostra sua vontade sincrética de integrar crenças e devoções de diversas origens e natureza. Agrupe o sangue e o despertar da natureza. É a expressão da nova ordem política e religiosa que terá sido erguida. Foi financiado desde o início pelas guildas e pela prefeitura de Lagunero. Seu eixo central é a procissão, que em plena batalha contra a heresia protestante revela a simbiose entre o Corpo de Cristo e o social. Ele é configurado como a encenação da exaltação do Dogma e a estrita divisão em classes e grupos da sociedade. A apoteose da natureza é mostrada na coleção de galhos e flores, realizada pelas guildas. A vegetação cobria todas as ruas com seus arcos de frutas, galhos altos e solo acarpetado com flores e folhagens. Foi a celebração votiva da sociedade concebida como um corpo que honra o Senhor pela fecundidade da terra. Reflete uma grande alegoria da estrutura social de La Laguna, alinhando-a como um desfile em estrita ordem piramidal dos diferentes grupos sociais (guildas, guildas, clérigos, autoridades etc.), que, segundo sua distinção e qualidade, renovaram anualmente, por meio desse ato, o mito ancestral e substantivo do mundo feudal, ou seja, a representação imaginária da realidade em forma hierárquica. Juntamente com ela, as más encarnações desfilam em uma batalha simbólica , derrotada pela Eucaristia para: os demônios, a bicha ou a tarasca, junto com a ...
|