A ilha do Sal foi descoberta em 1460 por Diogo Gomes. O nome da ilha é devido ao uso de salinas existentes no sul, Santa Maria, Saladar de Punta de Sino e grandes salinas de Santa María e sudoeste da ilha nas proximidades de Murdeira, ambos em clara regressão pela ocupação urbana dedicada principalmente para o turismo de sol e praia. Originalmente, a ilha era conhecida como Ilha Llana com uma aparência plana, seca, estéril e marrom. A mudança de nome deveu-se à descoberta das grandes jazidas de sal da Pedra de Lume.
A história da exploração das salinas vincula-se a um recurso amplamente utilizado para a conservação de alimentos e, consequentemente, necessário aos navios em trânsito para a América e a costa africana. Manuel Antonio Martins, natural da ilha de Boavista, começou a exploração e exportação de sal em grande escala em Pedra do Lume, com uma média máxima de 30.000 toneladas por ano. Em 1804 foi feito o túnel de acesso para facilitar a extração, em 1805 foi feito o porto ou cais da Pedra do Lume.
Em 1920, a Companhia de Desenvolvimento de Cabo Verde realizou a infraestrutura necessária para auxiliar o transporte do sal desde a salina no interior da cratera até os barcos ancorados no pequeno cais. O transporte do sal era feito em «caldeiras» de ferro que se deslocavam desde a salina de Pedra de Lume à refinaria sobre cabos de aço, sustentados por estruturas de madeira localmente denominadas de “pilons”, tendo por força motriz um motor à diesel montado nas imediações desta instalação.
Em 1921, quando a empresa Salins du Cap Vert, resolveu apostar fortemente na exploração da salina de Pedra de Lume com a construção da Refinaria para a moagem do sal.
A exploração do sal terminou depois da declaração de independencia da República de Cabo Verde, de acordo com fontes orais. E atualmente a extração do sal destina-se principalmente à confeção de produtos de beleza e para a talassoterapia, enquanto a cratera se explora como recurso turístico.
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